terça-feira, 12 de abril de 2022

Comprei uma naninha...

Mas não sei se quero que você durma a noite toda!

Eu sei, pode parecer loucura, 8 meses sem dormir e querer você no meu colo a noite toda, 8 meses sem dormir...

Nessa madrugada, quando vc recostou sua cabeça no meu ombro, depois do 4º ou 5º despertar, eu te aconcheguei, abracei forte que você até suspirou e pensei, meu Deus, daqui a pouco ela não cabe mais aqui... e fiquei, quietinha pra esse momento não acabar... quietinha pra esse momento se fixar nas minhas sinapses e eu não esquecer jamais... quietinha pra você não acordar e depois, um dia, sem nem saber porque, num momento difícil da sua vida, você lembrar de repente de um colo quente e isso te dar forças pra continuar! Sim, é o amor que nos dá forças pra continuar...

Eu sei, pode parecer loucura, ontem eu estava com sono mas não queria dormir... Um dia você vai dormir a noite toda. Um dia você vai dormir na casa de um amiguinho, depois na casa de um namorado ou namorada, depois em outro país quando for fazer aquele intercâmbio... Eu sei, vou dormir a noite toda também, mas se acordar de madrugada vou sentir saudade. E talvez eu acorde de madrugada por sentir saudades... Hoje já estou...

Então parei de brigar e desejar que você durma a noite toda! No meio do cansaço e da privação de sono é difícil racionalizar o privilégio de ter você no meu colo, sendo alimentada no meu peito... No meio do cansaço é difícil pensar que dentre 7 bilhões de outros você me escolheu e agora está aqui, no quentinho dos meus braços... e sentir gratidão! Ontem eu senti, proferi uma prece de mãe, beijei sua testa e, mesmo você já tendo dormido, fiquei com você no colo mais um pouco... tão efêmero aquele momento, tão efêmero quanto belo!

Eu sei, no dia seguinte meu trabalho acumula, fico cansada, não consigo me concentrar direito... Não tenho dado conta das coisas da vida! Mas isso vai passar e vou voltar a ser aquela profissional impecável que fui um dia, ou talvez nem queria mais ser assim na minha vida, porque com você aprendi que o que realmente importa cabe num abraço no meio da madrugada de uma segunda feira qualquer!

Comprei a naninha, mas ela que durma sozinha, seus bracinhos são livres demais pra se apegarem a um pedaço de pano qualquer... seus bracinhos são preciosos demais pra eu não acalentá-los quando você me chama, enquanto você dorme aqui do meu ladinho.

Eu sabia que todas as noite de insônia e as noites acordada nas madrugadas de estudo, escrevendo a dissertação e a tese, iriam me preparar pra algo maior... Eu sabia!


quarta-feira, 6 de abril de 2022

Filha, então você fez 7 meses. Todos os dias eu gostaria de escrever alguma coisa para você e alguma coisa sobre você, mas todos os dias o dia passa tão corrido, tão cansativo e tão cheio de você que não sobra tempo pra mais nada. 

Eu queria muito escrever como amo esses seus olhos sorridentes pousados nos meus enquanto você mama... Ou como é fantástico o seu sorriso quando você acorda antes das 5 da manhã depois de não ter dormido nada à noite... Ou como eu amo esses gritinhos que você dá e o quanto é engraçado o susto que você leva quando um dos gritos sai mais alto que o costume...

Ah, filha, você é tão meiga e tão enérgica ao mesmo tempo e, espero que não seja apenas impressão de mãe, acho que você vai ser daquelas que se faz ouvir no mundo, que não cala diante das injustiças, que grita se tentarem abafar a sua fala! Meiga e forte! Dessas que o mundo anda precisado mesmo!

E você é tão tranquila e observadora, que belas características para entender bem o contexto das coisas erradas que andam por aí! E fazer a sua parte para corrigi-las!

Você veio para ser quem você veio ser, parece redundante, mas muita gente se perde e acaba sendo o que não é! E eu estarei aqui para garantir que você seja a Joanna que você quiser. Já falei isso antes e te falo todos os dias, mas sempre é bom repetir! Seja quem você quiser, quem você veio pra ser! O mundo já tem muita gente igual, viu?!?





segunda-feira, 4 de abril de 2022

Eu não pari minha filha, mas fui parida mãe!

Era uma vez uma princesa guerreira que vivia no castelo da placenta, no reino encantado do útero. Um dia a princesa precisou muda-se do seu castelo para um reino distante mas, na saída do castelo, ela encontrou o dragão Mioma e precisou lutar com sua espada para salvar sua vida e realizar a mudança... A princesa lutou por longas seis semanas e três dias, e o dragão Mioma era imbatível, todos falavam do quanto ele era terrível. Mas a princesa guerreira não desistiu, e com a ajuda de três outras princesas, a Dra Mamãe, a Dra Pediatra e a Dra Obstetra, ela finalmente venceu a batalha e nasceu feliz para sempre, passando a viver agora no reino encantado da vida na terra...

Seria um conto de fada se não fosse o conto da vida real. Uma maternidade sonhada a vida toda e um parto meticulosamente planejado, sonhado e esperado. Eu engravidei aos 44 anos, no terceiro processo de fertilização in vitro e depois de 18 anos de tentativas, mas, pra mim, parir nunca foi uma prerrogativa para ser mãe, ser mãe nunca esteve atrelado a engravidar. Eu poderia ser mãe de filhos gerados por outras barrigas e, tenho certeza, os amaria com a mesma intensidade que amo a filha que cresceu no meu ventre. Mas, já que eu estava gerando um novo ser dentro do meu, então eu queria tudo o que eu havia sonhado um dia, um dia muito distante no qual eu nem imaginava que teria que enfrentar a infertilidade por tantos anos.

Queria parir, parir com a toda a potência dos vídeos e relatos de parto, que eu sempre vi e li aos milhares. Queria sentir a força, a coragem, o empoderamento do parto!  Queria passar por esse portal! Queria a dor das contrações, o anel de fogo do coroamento, sentir o expulsivo!  Além de entender que essa é a melhor via de parto, a mais segura, a que garante menores probabilidades de intercorrências, a mais saudável para o bebê, enfim, a melhor opção, aquela que as fêmeas nascem sabendo fazer.

No início da gestação eu tive um descolamento do saco gestacional que me colocou de repouso por três meses e, passado o susto, eu comecei a investir no meu enxoval, aquele que eu realmente acredito que faça a diferença na vida de uma mãe e um bebê recém chegado a esse mundo: a informação! Comecei a estudar e montei uma equipe porreta, a melhor da minha região: obstetra e pediatra humanizadas, equipe de obstetrizes, doula, fisioterapeuta pélvica, professora de yoga para gestantes, sessões de acupuntura e osteopatia, livros, sites e perfis com informações de qualidade, enfim, informação e conhecimento!

Passado o período de repouso eu tive a gestação mais incrível do mundo, me sentindo a grávida mais disposta e mais linda da galáxia. Todos os exames com resultados perfeitos, me sentindo super bem. Joanna também crescia e se desenvolvia a todo vapor no seu casulinho.

Com 28 semanas ela já estava cefálica, percentil (medida de crescimento) e ILA (índice do liquido aminiótico) excelentes, avaliação de desenvolvimento perfeita e eu super realizada, sonhando com o parto dos sonhos! Mas, com 32 semanas a bichinha atravessou e depois, com 35 semanas, resolveu sentar! O percentil e a ILA começaram a diminuir e então surgiu uma luzinha de alerta com minha equipe. Passamos a fazer acompanhamento semanal e, com 36 semanas, percentil de 6,5 e ILA de 5,1, minha médica me afastou do trabalho e voltei ao repouso novamente.

Joanna continuava sentada e com 37 semanas, percetil de 4,7 e ILA de 9,7 começamos a pensar na Versão Cefálica Externa (VCE), uma manobra feita por fora da barriga para virar o bebê dentro do útero. Ainda havia uma chance de ter um parto normal. A essa altura eu já sabia que o meu caso estava entre os que possuíam a menor probabilidade de sucesso na VCE, bebê restrito, ILA baixo, placenta anterior, idade materna avançada e primeira gestação. Somado a isso minha médica sentia meu útero extremamente rígido e contraído nos exames semanais e mal conseguia identificar o posicionamento da cabeça do bebê.

Eu queria muito fazer a VCE, mas meu coração não estava tranquilo com essa decisão. Um dos efeitos adversos desse procedimento é a ruptura da bolsa ou o início do trabalho de parto, por esse motivo ele só é feito à partir de 37 semanas, quando o bebê não é mais considerado prematuro. Então conversei com a pessoa da equipe que poderia me ajudar na decisão, a pediatra.

Ela me explicou que, se Joanna nascesse naquele momento, ela poderia nascer com menos de 2 quilos, afinal ela continuava uma bebê restrita, e, nesse caso, poderia precisar de unidade de terapia intensiva. Ficar no casulinho mais três semanas poderia ser muito importante para que ela ganhasse peso. Então decidimos que não faríamos o procedimento, eu não correria o risco de entrar em TP naquele momento. 

Mas ela poderia virar por livre e espontânea vontade, com ajudinha de homeopatia, exercícios de spinning babies, acupuntura, osteopatia, e eu ainda acreditava que pudesse acontecer e meu parto natural seria lindo, potente, arrebatador! Fiz de tudo e mais um pouco!

Com 38 semanas Joanna continuava sentada, com 39 semanas Joanna continuava sentada... E o sonho de parir começava a ficar longe longe... Algumas amigas começaram a perguntar se eu estava bem, se estava preparada pra cesárea! Eu dizia que sim com um tristeza imensa no coração, mas não, eu não estava preparada e sabia, não queria ser cortada, amarrada, anestesiada, ficar numa maca fria sem sentir metade do meu corpo enquanto minha obstetra tirava minha filha por meio de uma incisão na minha barriga! E, pior, não poder pegá-la, cheirá-la, amamentá-la e acompanhá-la por cada segundo até irmos pro quarto juntas! Eu não estava preparada.

Mas com 39 semanas eu sabia que as chances de uma pirueta era muito pequena. Então comecei a torcer por pelo menos um TP. Entrar em trabalho de parto (TP) tem muitas vantagens, mesmo quando o desfecho já é sabido e é uma cesárea. Os hormônios liberados durante o TP são muito importantes para a mãe e para o bebê por vários motivos. Eu poderia entrar em TP mas não poderia induzi-lo por conta de Joanna estar sentada e ser restrita. Não poderíamos tentar um parto pélvico. 

Eu já estava há duas semanas fazendo cardiotoco diariamente e ultrassom a cada dois dias para acompanhar o bem estar e desenvolvimento de Joanna bem de perto. Então, dia 09 de agosto, uma segunda-feira, com 39 semanas e 2 dias, tivemos a primeira alteração no exame de ultrassom. Ficamos mais atentos. No dia seguinte mais uma alteração, e no seguinte também. Alguma coisa me dizia que o parto estava próximo e eu orava para entrar em TP, e mais um dia se passava sem nenhum sinal, nenhuma dor, nada. No final daquele dia levamos todas as malas pro carro, vai que no meio da noite...

Na quinta-feira de manhã as alterações dos exames foram maiores, alteração no ultrassom e no cardiotoco. Eu tinha consulta com minha obstetra depois dos exames, mas ela pediu que eu me internasse e não iríamos esperar mais. 39 semanas e 5 dias. Faríamos a cesárea naquele dia, no final da tarde.

Dei entrada na maternidade antes do meio dia e, como é de praxe, a obstetra de plantão pediu que repetisse o cariotoco. Uma enfermeira me acompanhou, levou o resultado pra médica e voltou para me levar para o quarto, mas no caminho ela me disse que eu iria ser preparada para a sala de cirurgia. Eu gelei. Ali, pela primeira vez na vida, eu senti medo! Medo de verdade mesmo! Um medo que não sei nem descrever. Como assim para o centro cirúrgico, minha médica agendou minha cesárea para 19:30hs! A enfermeira não soube o que me responder, disse que ela havia tido uma desistência de paciente no consultório e resolvera antecipar a minha cirurgia! Bem exaltada eu disse que aquilo era mentira, e que eu queria saber exatamente o que estava acontecendo! 

Diante da situação delicada que ela havia criado, a enfermeira me encaminhou para conversar com a obstetra de plantão. A médica me explicou que Joanna estava entrando em sofrimento, que realmente eu faria uma cesárea de emergência e que toda minha equipe já estava a caminho. Que havia tempo hábil para minha equipe chegar, que eu não me preocupasse! Um milhão de coisas se passaram pela minha cabeça naquela hora, uma fragilidade que eu jamais havia sentido, eu, que não queria uma cesárea por nada do mundo, acabaria em uma de emergência!

Minha obstetra que me perdoe, mas naquele momento eu só consegui pensar na pediatra, era a pessoa que eu queria que chegasse, pedia em oração para que ela viesse logo! Havíamos escolhido ela por indicação da nossa doula, que comentou que ela era intensivista, e das boas! Tudo o que eu precisava nesse momento era de uma pediatra humanizada e intensivista pra salvar minha menina! Aquela menina tão sonhada e tão esperada.

Na maca, sendo conduzida para o centro cirúrgico, totalmente passiva naquele processo, eu tive vontade de chorar. Não lembro se chorei! Só me deixei conduzir, completamente de mãos atadas. No centro cirúrgico começaram os procedimentos de preparo, pegar acesso, colocar monitor cardíaco, montes de fios para todos os lados, preparar para a anestesia e ela chegou! Minha pediatra. O sol entrou na sala junto com ela (não lembro direito como estava o dia, mas acho que fazia frio, chovia, estava nublado e o Tarcísio Meira havia morrido de Covid!). 

Ela pegou na minha mão e não soltou mais e a única coisa que eu pedi foi: Cuida da minha filha! Ela ficou comigo enquanto faziam a anestesia e só saiu de perto quando meu marido chegou e a minha obstetra  já estava a postos para iniciar a cesárea. Mas antes ela já havia conversado com o anestesista para tirar os acessos e fios para que eu pudesse receber minha bebê no colo, já havia conversado com enfermeiras e equipe cirúrgica para que meu plano de parto fosse respeitado quanto aos cuidados com Joanna, para baixar o campo cirúrgico, para manter o cordão até parar de pulsar, para que Joanna viesse para o peito tão logo possível, já havia organizado tudo e estava a postos para receber nossa menina.

Por sinal, algo que preciso dizer, é que a equipe do centro cirúrgico veio conversar comigo, queriam ver meu plano de parto, saber se eu tinha um. Tinha! E com tristeza entreguei pra eles o plano que eu havia feito com tanto carinho e estudo! Mas fiquei feliz em saber que, dentro do possível naquela situação, meu plano seria respeitado! Então, eu digo, que se danem as defensoras radicais dos tais partos humanizados, que dizem que não existe cesárea humanizada, a minha foi! O que mais havia naquele centro cirúrgico era humanização, respeito e carinho! E sou grata por isso!

Logo que começou a cesárea, minha médica ia narrando tudo o que estava fazendo. Meu marido ao meu lado, a equipe pronta pra receber a Joanna com a pediatra a postos e logo escuto: estou vendo um pezinho! Meu coração acelerou dum jeito, um sentimento que não sei explicar, minha nossa, eu ia conhecer minha filha, tocar, sentir, ouvir o choro dela. Mas de repente nada aconteceu e senti uma tensão no ar. Mais uma vez me deparei com o medo, a impotência e a fragilidade com uma intensidade nunca sentida antes!


Eu perguntava se estava tudo bem e Jadson dizia que sim, até que senti que Joanna havia sido tirada mas ainda havia algo errado, por alguns minutos meu sangue parou de circular, meu coração parou de bater e parei de respirar, até que eu ouvi o chorinho! Joanna, minha filha! E mais alguns minutinhos e ela estava sendo colocada no meu colo, minha filha, minha filha... O cordão ficou até parar de pulsar, que não foi muito pois já não havia mais sangue nele. Ela veio pro peito e mamou desesperadamente, como se ela também estivesse ansiando por aquele momento a vida toda! Minha filha, você chegou, eu te esperei tanto, tanto, tanto... e meu coração voltou a bater, tanto, tanto, tanto...


Joana nasceu restrita, com 2,250 e estava sentada numa posição que dificultou sua retirada pois a cabeça estava presa pela placenta, que por sua vez estava acreta no útero, em cima de um grande mioma - Joanna, a princesa guerreira que lutou contra o dragão Mioma! Ali entendemos porque ela não virou no ultimo trimestre da gestação e porque meu coração não estava tranquilo com a ideia de fazer a VCE, muito provavelmente Joanna não teria virado e talvez eu tivesse rompido a bolsa e/ou entrado em TP. Naquele momento isso não teria sido bom, ela teria nascido com menos de 2 quilos e provavelmente os procedimentos seriam muito mais invasivos do que foram.


Ela nasceu sem tônus e não apresentou os movimentos respiratórios, então precisou ser reanimada. O cordão era fino e já não estava mais bombeando sangue, então não demorou muito pra ser clampeado. A pediatra intensivista salvou minha menina! A placenta acreta causou um sangramento que minha médica conseguiu controlar e a cirurgia demorou mais que o normal mas o desfecho foi excelente, a obstetra humanizada salvou minha vida! 




E assim nasceu minha filha! E eu, mãe da Joanna, fui parida! Eu não precisava de um processo potente, cheio de força e empoderamento para me parir mãe! Essas características sempre fizeram parte de mim, forte, corajosa, empoderada! Eu precisava do medo, da fragilidade, da impotência, porque uma mãe não se faz somente na força, ela se faz daquilo que é frágil também. Uma mãe não é só coragem, ela se molda no medo! Uma mãe precisa saber da sua impotência, da entrega, da renúncia! 

Eu não tive o parto que eu sonhei, planejei, estudei, investi! Eu tive o parto que eu precisava, pra me reconhecer no caos a mãe da Joanna, a Janaina, forte, potente, corajosa, empoderada!

Abaixo a equipe que me acompanhou:

Obstetra: Kadja Froes @drakadjafroes

Pediatra: Déborah Lo Russo @dra.deborah,pediatra

Obstetrizes: Acaiá Parteiras Urbanas @acaiaparteirasurbanas

Doula: Érica Lima @erica.mame

Fisoterapeuta pélvica: Érica Luisa @perola.pelvica

Yoga para gestantes: Renata Machado @remachado67

Acupuntura: Alaya Dullius @alaya_acupuntura e Diana Sassaki @dianasassaki

Osteopata: Amanda Denari @amandadenari_osteopatia

Fotografia: Thaís Campos @thaiscamposfotografia

E, para chegar ao final desse relato, ressignificar minha cesárea e tudo o que ela representou e representa pra mim, agradeço o trabalho incrível da psicóloga Karen Araujo @piscologakarenaraujo

Finalizo com gratidão, por cada uma que me auxiliou antes, durante e depois do meu processo!